domingo, 3 de julho de 2011

Memorias de um demonio

Memórias de um demônio

Eu vou contar um segredo,um segredo profundo, no qual não vais acreditar, pois essa é a única defesa humana contra minha presença.

Eu nasci como espelho. Há séculos não recebia esse direito,e na ultima vez que aqui estivemos, eu e meus irmãos, quase nada restou da humanidade.

Hoje, estou aqui,e por onde passo, tudo deteriora, no prenúncio da espada pendente sobre a humanidade.

Tudo o que você pode ver em mim, é a você mesmo.

Toda fantasia construída em anos desmorona devido ao desconforto da visão da minha pessoa.

A feia verdade que carregas dentro de ti, escondida,é o que aparece refletida no meu rosto.

Raríssimos são os me olham de frente e de verdade. Esses, são puros.

Os outros, não me vêem, nem me verão, pois estão condenados.

Viverão na sua mesquinharia e falsidade, até o dia do seu juízo.

E ao serem lembrados de que nos viram na terra, dirão que foram possuídos, amaldiçoados,injustiçados, e porão a culpa da sua vergonha em nós.

Para isso existimos.

Para distinguir, dividir como espada a natureza humana, entre aqueles capazes de amar ao todo, e os incapazes de amar.

Meus irmãos estão aqui, nesse momento terreno.

Não nos foi concedido o encontro ainda, e se nosso enigma não for descoberto, logo estaremos juntos novamente.

Para nosso prazer, e a sua aniquilação.

FIM

Nenhum comentário:

Postar um comentário